quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda, edição comentada e ilustrada - Howard Pyle

Não me agradei muito desse livro. A leitura foi arrastada e os personagens pouco cativantes. Na verdade, fiquei indignada com o próprio protagonista, o Rei Arthur, que mais parece um playboy adolescente do que um rei. Além da péssima impressão que deixou Arthur, os cavaleiros e membros da corte também não me agradaram, salvo algumas exceções. Todos eles parecem bobões e quixotescos, e as mulheres são arrogantes, manipuladoras ou traidoras. A única figura feminina que não se enquadra nesse padrão é uma figura mítica, uma fada. Ou seja, não existem mulheres honradas no universo desse livro. Além de tudo, o texto tem um tom meio moralístico, chato!

Apesar disso, a história promete alguma diversão quando mostra os duelos. Porém são trechos curtos e raros. A aparição da espada Excalibur e das feiticeiras Vivien e Morgana foram responsáveis pelas melhores partes e contribuíram para dar ao livro uma boa impressão. Do mesmo modo, o arco de Sir Pellias, o Cavaleiro Gentil, e o seu simpático sofrimento.

Outro aspecto positivo do livro é o texto de abertura, que traz um breve histórico, distinguindo o real do mito. Conta a origem da cavalaria, a evolução da lenda do Rei Arthur. Mas, eu recomendo deixar a leitura dessa parte para o final, pois traz revelações da trama.

As ilustrações são boas, cheias de detalhes. Mas, não tocaram o coração. Este livro é o primeiro de uma quadrilogia desse autor, mas não pretendo continuar a leitura dos próximos volumes. Foi uma boa introdução ao universo do Rei Artur, já que pretendo iniciar a leitura de duas séries: As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley e As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell. 

"De fato, não sei de maior bem que poderia desejar a vocês nesta vida do que sentir a mesma alegria de alguem que deu o melhor de si e foi inteiramente bem sucedido no que se propôs a fazer"

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