quarta-feira, 19 de abril de 2017

Coração de tinta - Cornelia Funke

Os protagonistas são Mortimer e sua filha Meggie. Ele é um encadernador e restaurador de livros raros, e tem um estilo de vida discreto, recluso. Meggie é uma pré-adolescente que adora ler, e herdou do pai a paixão por livros. Já a mãe de Meggie desapareceu misteriosamente muitos anos atrás e esse assunto é um tabu na relação dos dois.

Coração de tinta é uma história original e interessante, mas pouco equilibrada. Tem um início enrolado, arrastado, que de tanto tentar esconder a verdadeira trama, acaba por tornar a história desinteressante. A aparição de personagens mais divertidos como Dedo empoeirado e a Tia Elinor, dá um fôlego temporário a historia, mas por pouco tempo. Nem a aparição do vilão consegue empolgar, além de ter um nome ruim, Capricórnio, é um personagem clichê, tedioso e, pior, não mete medo nenhum.

Mas a história toma um rumo inesperado com a aparição do escritor Fenoglio, um personagem chave nessa historia. Aí sim, o livro fica bom.

Um aspecto positivo, é que os capítulos são iniciados com passagens de outros livros, não é inédito, mas não deixa de ser legal. Esses trechos literários e o fato de os protagonistas serem leitores deixa história mais interessante. É atraente também a particular habilidade do protagonista Mortimer, me peguei divagando o que faria se tivesse a mesma capacidade.

Por fim, o livro é uma boa ideia, mas peca pela instabilidade. É uma série em 3 volumes, mas que não me deixou com vontade de continuar.

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