O grande e nada modesto detetive Hercule Poirot tem que investigar um assassinato ocorrido no famoso Expresso do Oriente, durante uma nevasca que impede o deslocamento do trem. O vaidoso detetive encontra algumas dificuldades, desafios, muitas pistas e muitos suspeitos, nesse seu mais famoso caso. Contudo, ninguém é páreo para as pequenas ideias do detetive, o que ele sempre faz questão de deixar bem claro.
Na releitura desse clássico de Agatha Christie, procurei
observar o que antes me passou batido: o percurso do trem e o tempo da viagem.
Fiquei surpresa ao descobrir que o livro não se passa completamente no Expresso
do Oriente, mas começa na Síria, num trajeto que segue de Alepo até Constantinopla
(atual Istambul). É nesse trajeto esquecido que o meu detetive favorito tem
acesso a uma conversa alheia que é importante no desenrolar dessa história.
O percurso do Expresso do Oriente mostrado nesse livro se
origina então em Constatinopla, e segue com várias paradas até Londres, destino
final de Hercule Poirot e de alguns personagens. Percorre realmente toda a
europa, e tem tempo de viagem estimado em 3 dias. Mas nos trilhos desse trem, surge uma nevasca inesperada acompanhada de um assassinato, e nada mais sai como previsto.
É engraçado reler um livro policial, nunca tinha passado por
essas experiência antes. Sabendo do desfecho, as conversas e o comportamento dos
personagens ganham novo significado. E mesmo sabendo o final, surpresas ainda são possíveis, graças ao talento da Dama do Crime.
Um aspecto interessante que tinha esquecido sobre a autora, ela costuma zombar do leitor, através da voz
do protagonista, lembrando que o leitor é incapaz de solucionar o mistério, e que
não possui a lucidez e a imaginação necessárias para desvendar o crime junto
com o detetive. Uma
brincadeira da autora, claro! Mas também não deixa de ser uma provocação para
que usemos a nossa pequena massa cinzenta.
Uma excelente leitura, rápida e prazerosa.
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